segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

NARRATIVAS DE NATAL 2008

Una história navideña!


Olhou-se no espelho.
- Olhe-se bem menino. Tu já és um mocinho! – pensou. Sabia que havia crescido cinco centímetros naquele ano e estava orgulhoso disso. Ah! Já era praticamente um adulto!
- Desceu. A família toda já estava reunida na sala. “Olha como está grande este menino!” – proferiu uma das tias, fazendo com que Juliano fosse o centro das atenções. “Quantos aninhos tu tens?” – perguntou outra. E ele mostrou, com os dedos, que tinha um sexto da idade com que morreu Manuel Antônio de Almeida. Achou que não seria prudente falar, em parte porque suas tias eram meio surdas, em parte porque pareceria inteligente demais. “E o que é que o Papai Noel vai trazer para o Juju neste ano?” – perguntou ainda uma terceira. Ele, lentamente, sentou na poltrona e apoiou o queixo nas mãos, com ar de fadigado. Já não estava mais na idade de acreditar naquelas coisas.
Já era noite alta e todos estavam entretidos, charlateando sobre os prodígios do ano que havia passado e a costumeira cronologia dos fatos históricos familiares. Ele estava na janela. Foi quando viu passar o tal velhinho de barba branca. Na verdade, não tão branca, mas sim, acinzentada. Ele não acreditava no que estava vendo! Levava uma touca, mas o pompom não era de algodão. Usava um casaco, mas não era vermelho, como diziam. As botinas não estavam lustradas, estavam, inclusive, meio sujas. Mas, era gordo e barrigudo, nisso não lhe haviam mentido!
Sem que ninguém se desse conta, saiu o menininho pela porta a fora, pé ante pé. Foi passear com o Papai Noel. Estranhou não ver o trenó e as renas, mas viu o saco de brinquedos e isto era suficiente. Estava bem sujo o saco, mas também, pudera! Que saco permaneceria limpo subindo e descendo tantas chaminés?
Caminhavam muito pela noite escura e conversavam. Juliano achou muito engraçado, um bocado engraçado quando o velhinho disse que havia tido uma infância pobre. Quem diria? E agora era tão rico! Perguntou de onde ele tirava tantos brinquedos. Do lixo, foi o que disse o senhor Noel. Do lixo? Que maravilha! Como iria imaginar que aquela bicicleta tão bonita que lhe havia dado no outro ano havia vindo do lixo? Chegaram a uma praça. O velho disse que precisava descansar. O menino compreendeu. Sabia que ele não era de ferro. Dormiram ambos.
Depois, Juliano sentiu que alguém lhe levava. Não sabia se era real ou se estava sonhando. Resolveu não acordar para saber. Acordou em seu quarto. Já amanhecera. ao lado da cama um presente. Um cavalinho de madeira. Junto ao presente, uma carta do seu amigo Papai Noel.

Fanael Gonçalves – T: 202

Minha história de Natal


Um Natal que foi inesquecível para mim foi no ano de dois mil, quando eu tinha oito anos. Eu queria um carrinho de controle remoto que na época era muito caro, por ser de controle remoto, as lojas pediam um absurdo, mas como eu era criança e não tinha noção das dificuldades que meus pais estavam passando naquele ano, eu só queria saber de ganhar aquele carro.
Quando chegou o Natal, eu vi aquela caixa com papel azul dobrado. Era uma embalagem bonita. Imaginei: ali está o meu carro! Abri com rapidez. Não era o meu carro de controle remoto, é claro que, sendo uma criança, fiquei chateado, mas daí olhei para os meus pais e vi a expressão de alegria nos olhos deles. E, foi aí que eu percebi que o verdadeiro presente de Natal não era o carrinho, mas sim, a minha família, meu pai, minha mãe e meus avós.
A felicidade tomou conta de meu rosto. Foi um Natal inesquecível! Agradeço a Deus todos os dias pela minha família ser tão unida e pelos meus pais.
Alexandre Roberto Flügel – 202